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  • michelwajs

Você sabe o que é atenção primária e medicina familiar?







Quando falamos de saúde e atendimento médico, é possível que você já tenha se deparado com a seguinte situação: ir ao hospital com fortes sintomas, ser atendido, receber uma medicação para melhorar os sintomas e voltar para casa. Porém, pouco tempo depois, os mesmos sintomas reapareceram? E aí o ciclo se repete: hospital, atendimento rápido, medicação, casa.


No entanto, esse não é o melhor modelo de saúde para garantir o melhor cuidado com a população em geral. Cada vez mais, as instituições de saúde têm falado sobre mudar esse cenário - que além de ineficaz, se prova muito mais caro - e procurar por uma atenção à saúde que reúna as melhores práticas e ofereça um serviço muito mais integrado e eficiente. E é aí que chegamos no modelo da atenção primária à saúde.


O que é atenção primária?


A atenção primária à saúde é um modelo de saúde que engloba todas as melhores práticas de cuidado com a população. De alguns anos para cá, o Brasil, seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), adotou a divisão de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) e as instituições privadas de saúde também viram que esse modelo funciona muito melhor do que o que temos atualmente.


São três níveis de atendimento, divididos pelos profissionais e necessidade do paciente. Veja abaixo:


Nível primário: são os atendimentos voltados à prevenção e promoção de um estilo de vida mais saudável. Então, toda a campanha de vacinação, check-ups e conscientização ficam nessa primeira fase. E, esse atendimento e assistência são realizados em postos de saúde ou em clínicas médicas.


Nível secundário: esse segundo nível engloba os médicos especialistas. Aqui, já foi identificado por um dos médicos da atenção primária a necessidade de um olhar mais específico para o estado de saúde do paciente. Portanto, a pessoa é encaminhada para uma clínica, médico especialista ou unidades de pronto atendimento para receber o suporte necessário para um diagnóstico preciso.


Nível terciário: se o diagnóstico no nível anterior evoluiu e o paciente precisa passar por um procedimento cirúrgico, quer dizer que ele será atendido em nível terciário, atendimento realizado dentro dos hospitais por equipes completas. Aqui, a ideia é tratar por completo da doença e são realizados absolutamente todos os procedimentos que colaborem para que o paciente fique bem.


A importância do atendimento primário

Pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade de Medicina da Família e Comunidade levantaram informações de que a cobertura da atenção primária à saúde varia bastante nas cidades brasileiras. Mas, o mais importante é que naqueles locais nos quais o atendimento funciona e é aplicado em sua forma plena, os resultados de saúde da população e qualidade de vida são muito melhores.


Isto acontece porque o trabalho da APS não começa com o atendimento médico. Inicia-se muito antes, pois é realizado fora dos ambientes de saúde, levando muito mais informações sobre a importância de uma boa higiene pessoal, atividade física, boa alimentação e outros bons hábitos que devem ser promovidos.


E, quando os pacientes inseridos no modelo da APS são atendidos, é por um profissional que irá olhar para a pessoa como um todo, não somente para os sintomas - caso ela esteja com sintomas -. Geralmente, esses atendimentos realizados em postos de saúde, são feitos por médicos que são chamados de “médicos da família”.


Quem são os médicos da família?


O conceito de médico da família surgiu em 1980 em um livro chamado “Medicina não é saúde” do médico Jayme Landmann. A proposta do livro era, basicamente, acabar com a ideia de que um diagnóstico de uma doença e a indicação de medicamentos era a melhor forma de combater os problemas de saúde.


Então, Jayme propôs que para conseguirmos resolver os problemas de saúde, temos que incentivar um estilo de vida que traga mais bem-estar para a população. A ideia é sair do atendimento médico que as pessoas veem como “frio e profissional” e realizar uma abordagem mais próxima e praticar o acolhimento com os pacientes, prestando atendimento muito mais completo, independente de gênero, idade ou condição financeira. Portanto, realmente investir na atenção primária e entender que é essa a forma de promover saúde de uma maneira muito mais eficaz.


Por isso, o médico da família é um profissional que olha para o contexto no qual seu paciente está inserido e o acompanha (idealmente) ao longo de toda sua vida. Ele irá conhecer o histórico completo do paciente e entender seus sentimentos, situação econômica, enfim, a visão completa da pessoa. Isso ajuda a detectar problemas muito antes deles escalarem e tornarem-se graves e, muitas vezes, resolvendo o problema sem a necessidade de exames mais caros, procedimentos cirúrgicos e etc.


A OMS considera a medicina da família muito mais do que uma especialidade. É um trabalho importante, que foca na saúde mental, física e social de um ser humano. E é esse olhar completo que está tornando a atuação do médico da família cada vez mais relevante no Brasil.


A atenção primária, o médico da família e a sua gestão de saúde.


Não é de se surpreender que, ao observar que esse atendimento voltado para a prevenção de enfermidades é uma saída menos custosa e com muito mais eficácia, empresas tenham passado a entender que a gestão de saúde dentro do local de trabalho deve, também, englobar a APS.


Isso está fazendo com que, cada vez mais, as empresas unam benefícios diversos à oferta do plano de saúde. E as soluções como, por exemplo, a nossa Enfermeira Concierge e o Alô Doutor, tornem-se muito eficazes na hora de oferecer esse acolhimento inicial e entender as necessidades do colaborador e ainda diminuindo as idas ao pronto-socorro e a taxa de sinistralidade do plano de saúde empresarial.


Por isso, é importante conhecer esses conceitos e entender como eles se encaixam na gestão de saúde da sua empresa. O nosso melhor exemplo são cases de programas que implementamos em clientes e ajudaram a conscientizar os colaboradores das empresas. Exemplo: o programa Por uma vida sem dor, que conscientizou colaboradores de uma empresa do setor moveleiro sobre suas dores e os fez entender como melhorar isso. E observar que, ao incentivar hábitos que trarão mais bem-estar, é comum que as pessoas comecem a buscar pelas informações e realmente adotem um estilo de vida de mais qualidade.

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